O Inspetor Geral da República da Venezuela, Isaías Rodríguez, negou nesta sexta-feira que seja intenção do Ministério Público coibir a liberdade de expressão dos jornalistas que trabalham no país. A declaração tem como objetivo minimizar as repercussões negativas dos recentes indiciamentos de quatro repórteres: de Ibéyise Pacheco, Marianella Salazar, Gustavo Azócar e Napoleón Bravo. Segundo o site do jornal local "El Universal", Rodriguéz teria negado veementemente qualquer tipo de perseguição política contra os comunicadores.
- Os casos estão vinculados a acusações pessoais contra os acusados e não tem como objetivo limitar o exercício da profissão jornalística - afirmou.
Ibéyise Pacheco foi acusada de falso testemunho e difamação agravada e continuada pelo coronel Ángel Bellorín. A Promotoria Pública também abriu uma ação do tipo pública, por falso testemunho, a pedido de José Vicente Rangel, María Cristina Iglesias e Aristóbulo Istúriz, que teriam sido citados em uma coluna de opinião como responsáveis por atos terroristas contra setores da oposição.
Marianella Salazar é acusada de calúnia por um comentário, publicado em sua coluna, sobre uma suposta cobrança irregular realizada pela empresa Conatel. Gustavo Azócar estaria sendo indiciado por descumprimento de contrato de publicidade com a Loteria de Táchira. Já Napoleón Bravo teria incorrido no delito de difamação por denegrir a imagem do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela.
Isaías Rodriguéz ressaltou que o Ministério Público apenas intervém nos casos de delitos de ação pública. Ele enfatizou que o Ministério Público não participou de todos os casos, apenas dos processos judiciais abertos a partir de ações privadas.
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