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Oriente Médio

Inspetores da ONU precisarão de tréguas pontuais na Síria

Soldados do Exército Livre da Síria observam uma suposta ofensiva das forças do presidente Bashar Assad, na região de Salaheddine, em Aleppo | Malek Alshemali/Reuters
Soldados do Exército Livre da Síria observam uma suposta ofensiva das forças do presidente Bashar Assad, na região de Salaheddine, em Aleppo (Foto: Malek Alshemali/Reuters)

Os inspetores da Organi­­zação das Nações Unidas (ONU) enviados à Síria com a missão de destruir os arsenais químicos do país precisarão negociar tréguas pontuais entre as forças do governo e os rebeldes para obter acesso a algumas instalações, disseram ontem em Haia fontes ligadas às inspeções.

A revelação é um claro indicador dos riscos do ambicioso plano de desarmamento e sugere que os inspetores de armas da ONU terão dificuldades para cumprir a meta, estipulada em resolução do Conselho de Segurança, de erradicar as armas químicas sírias até meados de 2014.

A destruição dos arsenais é conduzida em conjunto pela ONU e pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

A jornalistas, o diretor-geral da OPAQ, Ahmet Uzumcu, admitiu ontem que o prazo é apertado, mas não "irreal". Os inspetores, segundo ele, visitarão mais de 20 instalações nas próximas semanas.

Desde o início da missão, na semana passada, apenas uma instalação foi visitada. A expectativa era de que um segundo local próximo de Damasco fosse inspecionado ainda ontem.

"Se pudermos assegurar a cooperação de todas as partes e se um cessar-fogo temporário (...) puder ser estabelecido para possibilitar o trabalho de nossos especialistas em um ambiente bastante hostil, creio que as metas poderão ser cumpridas", disse Uzumcu.

As metas dos inspetores de armas são desmantelar a capacidade de produção até 1.º de novembro e destruir o estoque de mil toneladas de armas químicas até meados de 2014.

Cessar-fogo

No Cairo, a Liga Árabe e a Organização da Conferência Islâmica (OCI) conclamaram as partes em conflito na Síria a respeitarem uma trégua durante o Eid al-Adha, um feriado muçulmano de quatro dias de duração previsto para a próxima semana.

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