Vista aérea da usina de Fukushima| Foto: Reuters/Kyodo

A operadora da usina nuclear japonesa de Fukushima foi negligente no monitoramento dos tanques de armazenamento de água radiativa, disse o órgão regulador nuclear do Japão nesta sexta-feira (23), no mais recente capítulo de uma crise que ninguém parece saber como resolver.

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A Tokyo Electric Power Co, conhecido como Tepco, também não conseguiu manter os registros das inspeções dos tanques, disse a jornalistas o comissário da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (ARN), Toyoshi Fuketa, após uma visita à usina de Fukushima Daiichi.

Fuketa visitou a usina nesta sexta-feira, após o presidente da ARN, Shunichi Tanaka, afirmar esta semana estar preocupado que mais tanques gigantes construídos às pressas possam falhar.

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"Fundamentalmente, para uma instalação armazenando esse tipo de água radiativa, eles não tomaram medidas de prevenção aos riscos de possíveis vazamentos", disse Fuketa.

"Em cima disso, e esta é uma impressão que eu já tinha antes de minha visita, não posso deixar de dizer que as inspeções foram negligentes."

A crise nuclear do Japão esta semana se deteriorou ao seu pior nível desde que um forte terremoto seguido de tsunami avariou a usina mais de dois anos atrás. A Tepco informou que um tanque de retenção de água altamente contaminada havia vazado 300 toneladas de líquido radiativo.

Foi o quinto e mais grave vazamento no mesmo tipo de tanque. Com a crise indo de mal a pior, a vizinha China expressou preocupação com os contínuos vazamentos.

Há em Fukushima 350 tanques de retenção de água radiativa, usada para resfriar as barras de combustível. A planta está rapidamente ficando sem espaço.

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A Tepco disse na quinta-feira que novos pontos de alta radiação tinham sido encontrados perto dos tanques de armazenamento, aumentando o receio de novos vazamentos.