O Instituto Federal Eleitoral (IFE) do México afirmou nesta segunda-feira que foram mal interpretadas as imagens de um vídeo apresentado por uma coalizão de esquerda para denunciar supostas irregularidades nas eleições do 2 de julho.
O candidato presidencial esquerdista Andrés Manuel López Obrador apresentou dois vídeos que provariam supostas irregularidades na eleição presidencial. Segundo a apuração oficial, o vencedor foi o conservador Felipe Calderón, com uma vantagem de 243.900 votos.
Segundo o candidato do Partido da Revolução Democrática (PRD), os vídeos mostram evidências de que votos foram colocados ilegalmente em urnas na cidade de Salamanca, no estado de Guanajuato.
O IFE respondeu mais tarde num comunicado que as imagens não correspondem a votos sendo colocados numa urna. A cena teria sido registrada no processo de apuração, quando se detectou que de oito a dez cédulas correspondentes à eleição para deputados tinham sido depositadas por engano na urna para Presidente.
O IFE explicou que, por um acordo entre os funcionários da mesa de apuração, o presidente do colégio colocou as cédulas na urna correta e que não se tratou de um caso da fraude.
O segundo vídeo apresentado mostrava cenas no estado de Querétaro, e não foi contestado pelo IFE.
A coalizão de López Obrador impugnou formalmente ontem a noite as eleições em 152 distritos, equivalentes a 52 mil das 130 mil seções eleitorais.
O Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) tem até 31 de agosto para resolver as impugnações e até 6 de setembro para decidir quem é o presidente eleito do país.
López Obrador insiste que se Felipe Calderón não teme nada, não deveria se opor à apuração de votos por parte do alto Tribunal eleitoral. Ele convocou uma mobilização nacional pela democracia a partir de quarta-feira, com em uma grande manifestação no domingo.