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O documento, aprovado pelo Papa Bento XVI no último dia 31 de agosto, foi enviado aos bispos e diretores dos seminários de todo o mundo, após ser concluído pela Congregação para a Educação Católica, dirigida pelo cardeal polonês Zenon Grocholewski. O texto, que tem nove páginas, leva o título "Instruções sobre os critérios de discernimento vocacional em relação às pessoas com tendências homossexuais antes de sua admissão no seminário e nas ordens sagradas". "A aprovação das instruções resulta mais urgente devido à situação atual", afirma a breve introdução, referindo-se indiretamente aos escândalos e denúncias contra padres pedófilos e homossexuais feitas em inúmeros países, destacadamente nos Estados Unidos. O documento reitera a doutrina tradicional da Igreja sobre a homossexualidade, que é considerada um comportamento "intrinsicamente mau", e diferencia "atos homossexuais", considerados pelos católicos "pecados graves, imorais e contrários às leis da natureza", das tendências homossexuais, classificadas como inclinações "objetivamente desordenadas".

O documento prega, no entanto, que a Igreja deve acolher "com respeito e delicadeza" os homossexuais, evitando "qualquer discriminação injusta".

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