A França afirmou nesta terça (31) que os insultos na imprensa estatal iraniana contra a primeira-dama Carla Bruni são inaceitáveis. "Os insultos no jornal Kayhan e lançados por sites iranianos contra várias figuras francesas, incluindo a Sra. Carla Bruni-Sarkozy, são inaceitáveis", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. O diário e sites do país persa afirmaram que Carla Bruni era uma "prostituta italiana" e "merecia a morte".
O Ministério das Relações Exteriores do Irã criticou a mídia nacional pelos ataques, feitos após Carla Bruni demonstrar seu apoio a Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento no Irã. "Insultar funcionários de outros países e usar palavras indecentes não é algo endossado pela República Islâmica do Irã", afirmou um porta-voz do ministério. "Nós não acreditamos que o uso de palavras indecentes e insultantes seja uma atitude correta", disse o funcionário. "A mídia pode criticar as políticas hostis de outros países, mas evitando o uso de palavras insultantes. Isso não é correto."
No sábado, o jornal linha-dura Kayhan fez um duro ataque à mulher do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Com o título "Prostitutas francesas entram em rebuliço pelos direitos humanos", um texto do diário criticava a primeira-dama e a atriz francesa Isabelle Adjani por apoiar Sakineh, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos e condenada à morte.
O jornal iraniano continuou hoje a atacar Carla Bruni. Segundo o diário, a "indignação da prostituta italiana contra a matéria do Kayhan ocorre enquanto ela tinha relações ilegítimas com pessoas diferentes, antes de se casar com Sarkozy". No dia anterior, o site www.inn.ir tinha chamado a primeira-dama de "traidora de marido".
Carla Bruni, terceira mulher de Sarkozy, assinou uma petição pela liberdade de Sakineh. O caso da iraniana tem causado comoção internacional e grupos pelos direitos humanos pressionam para que a sentença não seja cumprida. Sakineh é acusada de trair o marido e de ter envolvimento na morte dele.
Histórico
O jornal Kayhan tem seu diretor-geral e o editor-chefe indicados pelo líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei. O diário é conhecido por seus insultos duros contra figuras estrangeiras e do próprio Irã. O jornal já foi processado por vários iranianos, incluindo a Nobel da Paz Shirin Ebadi e também Esfandiar Rahim Mashaie, um importante assessor do presidente Mahmoud Ahmadinejad. As informações são da Dow Jones.
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