Em novo ataque de grupos contrários à ditadura de Bashar Assad, dois carros-bomba atingiram o quartel-general dos serviços de defesa da Síria na capital do país, Damasco, e mataram ao menos quatro seguranças, segundo a mídia estatal do país e relatos de testemunhas.
Foi um dos principais atentados contra órgãos do governo sírio desde que um ataque suicida matou o ministro da defesa, Daud Rajiha, e outros três integrantes do círculo mais próximo de Assad, há pouco mais de dois meses.
A tevê estatal síria exibiu imagens de circuito de segurança que mostram uma van branca se aproximando do QG e explodindo. O impacto estilhaçou as janelas de um hotel vizinho e os vidros de vários carros estacionados.
Insurgentes do Exército Livre da Síria reivindicaram a autoria dos ataques. Após as explosões, que foram quase simultâneas, houve tiroteio entre rebeldes e forças do regime no centro de Damasco.
Pelo menos uma pessoa morreu na troca de tiros o jornalista sírio Maya Nasser, 33 anos, que trabalhava para o canal iraniano Press TV (o Irã é um dos principais aliados do regime Assad). Segundo a emissora, ele foi atingido por um atirador rebelde enquanto fazia uma reportagem.
De acordo com a agência France Presse, pelo menos 11 jornalistas, entre repórteres e cinegrafistas, foram mortos desde o início do conflito na Síria, em março de 2011 ativistas de oposição estimam em mais de 30 mil as mortes no país nesses 18 meses. Ontem foi o segundo dia consecutivo de ataques com bombas na capital. Uma escola de Damasco que era usada por forças do regime também foi atacada, mas não houve mortos.