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A líder das Damas de Branco, Berta Soler (em imagem de 2016), e seu marido foram detidos pela ditadura comunista
A líder das Damas de Branco, Berta Soler (em imagem de 2016), e seu marido foram detidos pela ditadura comunista| Foto: EFE/Giorgio Viera

Diversas integrantes do coletivo de dissidentes Damas de Branco foram detidas neste domingo (6) em Cuba, depois de saírem às ruas pela terceira vez, para exigir a libertação dos presos nos protestos contra o regime da ilha, realizados em 11 de junho do ano passado.

A informação foi divulgada pelo próprio grupo, através das redes sociais. Entre as pessoas presas, estão a líder das Damas de Branco, Berta Soler, e o marido dela, Ángel Juan Moya. Os dois foram capturados de maneira preventiva logo que saíram da sede do coletivo, localizada em Havana.

Em postagem no Facebook, Moya revelou que foi empregada violência em sua prisão. Além disso, o ativista de oposição garantiu que a mulher e ele ficaram em uma delegacia por cerca de oito horas, até serem libertados com o pagamento de uma multa.

Duas semanas atrás, as Damas de Branco anunciaram que retomariam os protestos realizados aos domingos, pela libertação dos presos políticos de Cuba, após paralisação dos atos por causa da pandemia da Covid-19.

No primeiro dia de atos, seis mulheres, entre elas Soler, foram detidas logo que saíram da sede do coletivo e acabaram colocadas em liberdade no dia seguinte. No segundo domingo, a líder do grupo foi a única presa.

Até o momento, nem as autoridades cubanas, nem os meios de comunicação oficial confirmaram os fatos.

O movimento Damas de Branco surgiu em 2003, em meio a uma onda de repressão do governo da ilha. Dois anos mais tarde, receberam o Prêmio Sakharov, concedido pelo Parlamento Europeu.

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