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Exército de Libertação Nacional

Integrantes de grupo guerrilheiro decidem entregar armas na Colômbia

Uma estrutura do Exército de Libertação Nacional (ELN) composta por cerca de 30 guerrilheiros se desmobilizou no departamento de Valle del Cauca, no sudoeste da Colômbia, informou nesta terça-feira o presidente do país, Juan Manuel Santos.

"Trinta membros do ELN se entregaram com seu armamento. É um grande passo na busca da paz", considerou o presidente antes de acrescentar que o fato "quer dizer que a organização está se desfazendo".

No ato comemorativo do bicentenário do departamento de Cundinamarca, do qual Bogotá é Distrito Federal, Santos disse que a desmobilização aconteceu nas últimas horas, sem dar mais detalhes.

Nos últimos meses, o ELN reiterou sua vontade de estabelecer um processo de negociação com o governo da Colômbia para acabar com o conflito armado, processo que o executivo do país começou em Havana há mais de sete meses com a principal guerrilha, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O governo colombiano também expressou o desejo de criar uma mesa de negociação com o ELN, mas, antes, exigiu a entrega dos sequestrados como condição. Na quinta-feira, dia 4, a guerrilha correspondeu com a entrega do cabo do exército Carlos Fabián Huertas.

No entanto, o líder do grupo rebelde, Nicolás Rodríguez Bautista, conhecido como "Gabino", rejeitou publicamente que um eventual diálogo seja condicionado.

Por enquanto, não se sabe o alcance desses possíveis diálogos entre o governo e a segunda guerrilha do país, que recentemente completou 49 anos de luta armada e, segundo as autoridades, tem 1.500 integrantes.

Santos insistiu, durante seu discurso, na necessidade de buscar a paz em seu país porque o conflito de quase meio século de duração foi "um dos grandes obstáculos para garantir direitos a todos os colombianos".

"Continuamos avançando, seja com tempestades, seja com furacões", acrescentou ao considerar que seu governo segue "um bom caminho" na busca da paz.

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