Um grupo de intelectuais colombianos que mantém um diálogo epistolar com as Farc perguntou à direção do grupo se estaria disposta a abandonar os sequestros como forma de buscar a paz.

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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) aceitaram no final de outubro manter um diálogo por carta com representantes da sociedade civil, o que foi interpretado por analistas como um passo para uma futura aproximação com o governo.

A carta dos intelectuais foi divulgada no mesmo dia em que oito policiais morreram no município de Fortul (Departamento de Arauca) vítimas de explosões e disparos de metralhadoras, atribuídos por autoridades às Farc.

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Na segunda carta à guerrilha, os intelectuais perguntam "se estão dispostos a abandonar de maneira decisiva a prática do sequestro".

"Achamos que a prática do sequestro é por si só desumana, e não pode ser defendida sem que se entre no terreno pantanoso onde campeia a divisa do 'o fim justifica os meios'", disseram os signatários.

Eles lembraram que em 1984 o guerrilheiro Alfonso Cano, hoje líder máximo das Farc, firmou um documento em que o grupo se comprometia a abandonar o sequestro como recurso político e econômico.

Atualmente estão em poder das Farc 28 reféns de caráter político, que podem eventualmente ser trocados por prisioneiros, e outras centenas de pessoas por quem a guerrilha exige resgates em dinheiro.

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