O jornalista e intelectual britânico ateu Christopher Hitchens, que morou nos Estados Unidos e apoiou a invasão norte-americana do Iraque, em 2003, morreu nesta quinta-feira (15) aos 62 anos.
Hitchens faleceu em Houston, de pneumonia, decorrente de um câncer complicado no esôfago, disse a revista Vanity Fair.
"Christopher Hitchens - um crítico incomparável, um mestre da retórica com uma inteligência aguçada, e um bom vivant destemido - morreu hoje aos 62 anos", disse a Vanity Fair.
Hitchens fumava e bebia muito, e encurtou uma turnê de divulgação de seu livro de memórias "Hitch 22" no ano passado para ser submetido à quimioterapia após ser diagnosticado com câncer.
Jornalista, correspondente de guerra e crítico literário, Hitchens ganhou reputação por suas respostas engenhosas, críticas mordazes a personalidades públicas e uma inteligência aguçada.
Em seu livro "God Is Not Great: How Religion Poisons Everything", Hitchens fez uma crítica às principais religiões com seu ateísmo afiado. Ele argumentou que a religião era a fonte de toda a tirania e que muitas das perversidades no mundo haviam sido cometidas em nome da religião.
Filho de um oficial da Marinha britânica, Hitchens estudou na Universidade de Oxford e trabalhou como crítico literário para a revista New Statesman, em Londres, antes de se mudar para Nova York para trabalhar como jornalista em 1981. Ele se estabeleceu em Washington no ano seguinte, inicialmente como correspondente para a revista de esquerda The Nation, e manteve sua cidadania britânica quando se tornou cidadão norte-americano em 2007.
Autor de 25 livros - incluindo obras sobre Thomas Jefferson, Thomas Paine e George Orwell - e inúmeros artigos e colunas, Hitchens nunca perdeu seu humor aguçado.