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Guerra no leste europeu

Inteligência britânica questiona eficácia da estratégia russa de bombardear infraestrutura energética da Ucrânia

Região de Kyiv sem luz durante um apagão programado: 40% do sistema de energia ucraniano foi destruído pelos ataques russos (Foto: EFE/EPA/OLEG PETRASYUK)

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A Inteligência de Defesa do Reino Unido publicou nesta quinta-feira (1º) um boletim em que questiona a efetividade da estratégia que a Rússia vem adotando desde outubro na guerra na Ucrânia, ao bombardear a infraestrutura do país invadido, em especial a rede elétrica.

O boletim destacou que a tática consiste no uso de mísseis de longo alcance “para atingir a infraestrutura nacional crítica de um Estado inimigo, em vez de suas forças militares, para abalar o moral da população e, finalmente, forçar os líderes de Estado a capitular”.

Entretanto, apesar dos ataques russos estarem causando escassez de energia e consequentemente “sofrimento humanitário indiscriminado e generalizado em toda a Ucrânia”, a Inteligência de Defesa britânica destacou que essa estratégia não tem surtido o efeito esperado pelo Kremlin.

“[...] sua eficácia como estratégia provavelmente foi prejudicada porque a Rússia já gastou uma grande proporção de seus mísseis adequados contra alvos táticos”, apontou o documento.

“Além disso, com a Ucrânia tendo se mobilizado com sucesso por nove meses, o efeito material e psicológico dessa operação é provavelmente menor do que se tivesse sido adotada no período inicial de uma guerra”, acrescentou.

Na semana retrasada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia pratica crimes contra a humanidade ao bombardear a infraestrutura de energia do país, já que compromete o funcionamento de unidades de saúde, o fornecimento de água e os sistemas de aquecimento a poucas semanas do início do inverno.

Ele propôs que o Conselho de Segurança das Nações Unidas votasse uma resolução para condenar “todas as formas de terrorismo energético”.

“É necessário fazer uma avaliação adequada dos danos e da destruição. É preciso dizer claramente que são golpes contra a infraestrutura que garante a vida de dezenas de milhões de pessoas”, argumentou.

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