O serviço de inteligência interno de Israel (Shin Bet) anunciou nesta terça-feira (17) que frustrou um ataque planejado para os próximos dias pela milícia xiita libanesa Hezbollah contra um ex-oficial de segurança de alto escalão, sem fornecer detalhes sobre sua identidade.
“O ataque teve como alvo um ex-alto funcionário do sistema de segurança de Israel e estava planejado para ocorrer nos próximos dias”, afirmou o Shin Bet em comunicado.
Durante a operação, os agentes descobriram um explosivo Claymore, conhecido por ser utilizado pelo Hezbollah, equipado com mecanismo de acionamento remoto e uma câmera, o que permitiria sua ativação a partir do Líbano.
O ex-oficial, suposto alvo do ataque, foi notificado pelos agentes, que não revelaram sua identidade.
Segundo o Shin Bet, o artefato explosivo encontrado é semelhante ao detonado pelo Hezbollah em 15 de setembro de 2023 no Parque Yarkon, em Tel Aviv, sem causar feridos.
“A avaliação dentro do sistema de segurança é que os agentes do Hezbollah envolvidos neste último incidente também estiveram por trás do ataque de setembro de 2023”, informou o comunicado.
Israel e o Hezbollah estão envolvidos em um intenso fogo cruzado na fronteira com o Líbano, de onde a milícia apoiada pelo Irã atua, após a eclosão da guerra na Faixa de Gaza, que já dura 11 meses.
O Exército israelense atacou nesta terça-feira uma infraestrutura que classificou como terrorista na área de Bilda, no sul do Líbano, onde matou três milicianos do grupo libanês, segundo um comunicado.
“Nossas forças aéreas atacaram a infraestrutura e eliminaram três terroristas que nela operavam”, detalhou o Exército na nota.
Nos últimos dias, Israel voltou a endurecer sua retórica contra o Hezbollah e voltou a colocar sobre a mesa a possibilidade de declarar uma guerra aberta com o grupo libanês. (Com Agência EFE)
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