O Serviço de Inteligência dos Estados Unidos atribuiu nesta quarta-feira (18) a autoria do bombardeio a um hospital de Gaza à Jihad Islâmica, em uma análise semelhante à feita pelo governo de Israel.
As autoridades americanas disseram que, com base em várias provas, incluindo imagens de satélite e vídeos, chegaram a uma conclusão preliminar de que a explosão foi causada por uma falha no lançamento de um foguete disparado pelo grupo palestino.
"Enquanto continuamos a coletar informações, a nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, vigilância eletrônica e fontes abertas de informação, é que Israel não é responsável pela explosão no hospital de Gaza desta terça-feira", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson.
Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que faz visita a Israel, já havia apoiado o posicionamento do governo israelense de que o bombardeio no hospital Al Ahli, na cidade de Gaza, foi "obra do outro lado".
"Com base no que vi, parece que foi o outro lado, mas há muitas pessoas que não têm certeza, por isso temos muito trabalho pela frente", disse Biden no início da reunião bilateral com Netanyahu.
Em resposta a uma pergunta da imprensa sobre o que o levava o democrata a ter certeza de que Israel não estava envolvido, ele se referiu ao Pentágono. "Os dados que me mostraram do meu Departamento de Defesa", disse, sem entrar em detalhes.
Logo após o ataque aéreo desta terça-feira (17), o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, publicou imagens na rede social X (antigo Twitter), detectadas pelo Exército israelense, de um lançamento de míssil tendo como alvo o hospital. A autoria seria da Jihad Islâmica.
A Embaixada de Israel no Brasil se manifestou nesta quarta-feira (18), reforçando que a bomba que caiu sobre o hospital se tratou de “um disparo equivocado de um foguete lançado pela organização Jihad Islâmica Palestina”.
“O Hamas notou rapidamente que se tratava de um lançamento falho da Jihad Islâmica e decidindo aproveitá-lo em benefício de uma campanha cínica contra Israel espalhando notícias falsas, em todos os canais, de que Israel tinha deliberadamente bombardeado um hospital em Gaza, matando centenas, incluindo crianças”, diz a nota.