Serviços de inteligência dos Estados Unidos e Grã-Bretanha tem monitorado redes italianas de telecomunicações, tendo como alvo o governo e empresas, assim como grupos terroristas suspeitos, informou o semanário italiano L'Espresso nesta quinta-feira (24).

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A reportagem, baseada em evidências vazadas pelo ex-prestador de serviço de uma agência de espionagem dos EUA Edward Snowden, provavelmente aumentará a indignação entre os aliados europeus de Washington ante as atividades da Agências de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

"A NSA tem muitas operações de espionagem, também sobre governos europeus e incluindo o governo italiano", disse o jornalista Glenn Greenwald ao L'Espresso em uma prévia da matéria a ser publicada na íntegra na sexta-feira.

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A prévia publicada nesta quinta-feira não continha evidências específicas, mas diz que documentos em poder de Snowden "contêm uma grande quantidade de informações sobre o controle das telecomunicações italianas, que serão divulgadas nas próximas semanas".

A questão tem tudo para dominar uma reunião de líderes da União Europeia na quinta-feira, após a chanceler alemã, Angela Merkel, ligar para o presidente dos EUA, Barack Obama, e reclamar sobre reportagens, consideradas credíveis por Berlim, de que o seu telefone móvel teria sido grampeado.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse ao premiê italiano, Enrico Letta, na quarta-feira que os EUA trabalham para "encontrar um equilíbrio adequado entre a proteção da segurança e da privacidade de nossos cidadãos" e que as consultas a parceiros como a Itália continuariam.

Além do monitoramento realizado pelo programa norte-americano chamado de Prism, um outro programa de vigilância apelidado Tempora e conduzido pelo governo britânico também espionou o tráfego de telefone, Internet e email que passa por cabos submarinos na Sicília, disse o L'Espresso.

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