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Mais de 6 mil pessoas foram detidas pela Interpol no desmantelamento de uma rede criminosa de comércio ilegal e falsificação de todo tipo de produtos em quatro continentes, segundo anunciou nesta quinta-feira a organização em comunicado.

A Interpol apreendeu cerca de 24 milhões de produtos falsificados, cujo valor é estimado em cerca de US$ 133 milhões, em quatro grandes operações policiais realizadas na Europa, África, Ásia e América.

A primeira intervenção contra o comércio ilícito internacional que obteve sucesso significativo na Ásia foi a chamada "Hurricane", realizada em oito países, em particular China, Tailândia e Vietnã, onde eram falsificados de xampu e pasta de dentes até roupas e azeite, ressaltou a Interpol.

Referindo-se à falsificação de produtos alimentícios que a rede traficava, o representante da divisão de tráfico ilegal de bens e falsificação da Interpol, Michael Ellis, ressaltou que "esses e outros produtos falsos e ilícitos representam um risco para o público", inconsciente de que o que está comprando não foi produzido legalmente, nem com os indispensáveis controles sanitários.

Na Europa, os artigos apreendidos são fundamentalmente cigarros, tabaco e veículos para sua mudança, enquanto na operação "Etosha", que compreende só à Namíbia, foram confiscados até 200 mil produtos ilegais, desde perfumes até brinquedos, no valor de mais de US$ 4 milhões.

Na América a operação "Pacific" encontrou falsificações de bebidas na Colômbia e Chile; armas de fogo no Brasil; tabaco, móveis e perfumes nas fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai, e em Lima uma loja que vendia produtos falsificados procedentes da China.

Além disso, a apreensão de US$ 300 mil em dinheiro levou a iniciar uma segunda investigação sobre possíveis casos de lavagem de dinheiro, corrupção e suborno, informou a organização.

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