A Interpol solicitou nesta sexta-feira a detenção de Muamar Kadafi, seu filho Saif al-Islam e o cunhado Abdallah al-Senusi, em consequência da ordem de prisão internacional com fins de extradição emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes contra a humanidade.
"O pedido do promotor Luis Moreno Ocampo a Interpol de emitir um 'alerta vermelho' restringirá significativamente as possibilidades destes três homens de cruzar as fronteiras e será uma ferramenta importante para ajudar a localizá-los e capturá-los", afirma um comunicado da organização policial internacional assinado por seu secretário-geral, Ronald K. Noble.
"A Interpol cooperará e assistirá o TPI e as autoridades líbias representadas pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) para deter Muamar Kadafi", completa o comunicado divulgado em Lyon, sede da organização.
O promotor do TPI pediu na quinta-feira a Interpol que emitisse a notificação contra Kadafi pelas acusações de crimes contra a humanidade, que incluem assassinato e perseguição.
O tribunal de Haia também pediu alertas vermelhos para o filho do ex-ditador Saif al-Islam, de 39 anos, e seu cunhado e diretor dos serviçios de inteligência, Abdallah al-Senusi, de 62 anos, pelas mesmas acusações.
Para o argentino Moreno Ocampo, "a detenção de Kadafi é uma questão de tempo", recordou a Interpol no comunicado.
Interpol e TPI assinaram em 2004 um acordo de cooperação.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura