A Interpol se juntou à investigação da morte do ex-espião russo Alexander Litvinenko, informaram agências de notícias da Rússia nesta terça-feira.
- A cooperação por meio dos canais da Interpol já começou, já que vários países estão envolvidos no caso - disse Timur Lakhonin, chefe da divisão russa da Interpol, de acordo com a RIA-Novosti.
A entrada da Interpol - a maior organização policial internacional do mundo, com 186 países associados - no caso pode facilitar o caminho para investigadores em cada país que tenha alguma relação com a morte do ex-espião.
A investigação já obteve detalhes de testemunhas em três países: Grã-Bretanha, onde Litvinenko adoeceu e acabou morrendo contaminado pela substância radioativa polônio 210, Rússia e Alemanha. A rota da radiação inclui Londres, Moscou e Hamburgo. Contatos que estiveram com Litvinenko em 1º de novembro - o dia em que se acredita que russo tenha sido contaminado por radiação - voaram entre as cidades.
O carro usado na Alemanha por Dmitry Kovtun, um dos contatos de Litvinenko, apresentou sinais de radiação. Kovtun está sendo tratado em Moscou de contaminação por polônio 210. A presença da substância no apartamento da ex-esposa do empresário foi confirmada. A mulher, suas duas filhas e seu atual companheiro também apresentaram traços de radiação em seus corpos. Kovtun passou duas noites no apartamento antes de seguir para Londres e encontrar Litvinenko.
Outro contato, Andrei Lugovoi, que também esteve em Londres com Litvinenko, foi interrogado por agentes britânicos no hospital onde ele está sendo submetido a exames para descobrir se também está contaminado.