Marrakesh A Interpol emitiu ontem mandados de prisão contra seis iranianos acusados do ataque de 1994 a um centro judaico em Buenos Aires que deixou 85 mortos. Apesar das pressões diplomáticas do Irã, 66% dos representantes na assembléia anual do conselho da polícia internacional, em Marrocos, votaram a favor da emissão dos mandados de extradição de pessoas foragidas.
No ano passado, a Argentina fez um pedido internacional para a prisão do ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani e oito outros iranianos sob a acusação de que eles teriam planejado o ataque. A Interpol afirmou em março que divulgaria seus próprios mandados de prisão contra seis pessoas, deixando Rafsanjani de fora.
O Irã tem negado repetidamente qualquer ligação com o ataque e diz que a Interpol corre risco de ser tragada por uma disputa política, deixando de lado seu trabalho de polícia. Teerã culpa os EUA e Israel por tentar implicar a República Islâmica no ataque.
Em um comunicado após a votação, Jackie Selebi, presidente da Interpol, afirmou que Argentina e Irã foram tratados de forma justa e imparcial, mas uma autoridade da delegação iraniana repudiou a atitude. "É uma votação política e não é aceitável para nós", disse um delegado iraniano, que pediu para não ser identificado.
A Argentina havia pedido a prisão de nove iranianos, mas o Comitê não aprovou o pedido contra três deles, alegando que as acusações eram políticas e não judiciais.
Reação
O embaixador de Israel na Argentina, Rafael Eldad, afirmou que a determinação é "muito importante". "Espero que o Irã colabore com a investigação e entregue essas pessoas", afirmou ele.
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