Os efeitos das inundações provocadas pela cheia do Sena já são sentidas em alguns dos principais museus da cidade, que precisaram colocar em prática a primeira fase de um plano de alerta nesta quinta-feira. Os mais prejudicados são os próximos às margens do rio. O Louvre decidiu fechar na sexta-feira (3) para retirar obras por medo da invasão das águas, enquanto o d’Orsay, que geralmente funciona à noite, anunciou que fechará às 18h, podendo não abrir na sexta-feira.
O Louvre é o museu mais frequentado do mundo, com cerca de 9 milhões de visitantes por ano. A direção informou que vai retirar de forma preventiva as obras conservadas nos depósitos, num processo que poderá levar 72 horas. Cerca de 250 mil obras se encontram nos depósitos, em área considerável inundável. Deverão ser retiradas ainda peças do departamento de Arte Islâmica, que foi fechado por precaução.
“O objetivo é colocar a salvo as obras conservadas nas zonas inundáveis, deslocando-as aos andares superiores”, informou o Louvre, que está sob “alerta geral de inundação”. Para a tarefa, o museu contará com a ajuda dos estudantes da Ecole du Louvre.
No d’Orsay, as equipes analisam se vão colocar em prática o plano Sequana, exercício realizado no ano passado e que simulava uma cheia na Ile-de-France. A visita desta quinta-feira à noite foi suspensa, e é possível que o museu feche na sexta-feira. Está previsto o transporte das obras do térreo a andares superiores.
Assim como no Louvre, espera-se que as obras no piso térreo sejam transportadas para andares superiores do museu. Várias delas, no entanto, devem ser difíceis de desinstalar, especialmente as grandes pinturas.
No Museu do Quai Branly, a situação também está sendo acompanhada de perto, com as “águas pluviais sendo monitoradas regularmente”, informou o museu em um comunicado.