As inundações provocadas pela monção que atinge o Paquistão desde o início da semana já provocaram 39 mortes e deixaram mais de 600 mil desabrigados em todo país, que continuará sofrendo com chuvas intensas nos próximos dias, informaram neste sábado fontes oficiais.

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O porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastre Nacional, Ahmed Kamal, indicou à Agência Efe que 19 pessoas morreram na noite de ontem em Chitral, na província de Khyber Pakhtunkhw, no noroeste do país, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas, que provocaram o transbordamento de vários rios nas últimas horas.

“O número total de mortos em Chitral chegou a 26 até o momento”, explicou Kamal, citando que há crianças entre os mortos, mas sem informar quantas elas seriam.

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O porta-voz disse que não foram registradas mais mortes em outras localidades do país nas últimas horas. Dessa forma, o número total de vítimas mortais desde segunda-feira está em 39. Além dos 26 de Chitral, morreram sete pessoas em Balchistan, três em Punjab e outras três na região autônoma de Gilgit-Baltistan.

“Mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas em todo país, das quais 231 mil estão em Punjab e 300 mil em Chitral”, acrescentou o porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastre Nacional.

Kamal disse que as autoridades esperam fortes chuvas no norte de Punjab e outras regiões do país para os próximos quatro ou cinco dias.

O Centro de Previsão Meteorológica Nacional do Paquistão mantém o alerta sobre a possibilidade de as chuvas provocarem enchentes em zonas vulneráveis de áreas urbanas e pediu às autoridades para adotar “medidas de prevenção” adequadas.

Soldados do Exército paquistanês distribuíram nas últimas horas mais de 17 toneladas de alimentos em Chitral, enquanto realiza operações para evacuar a população em regiões afetadas.

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Há três meses, fortes chuvas e ventos assolaram o noroeste do país, deixando 50 mortos e 200 feridos antes da temporada de monções, que atinge o país entre julho e agosto.

As piores inundações da história do Paquistão ocorreram em 2010, quando mais de 2 mil pessoas morreram e outras 20 milhões foram afetadas pelas chuvas provocadas pelo fenômeno climático.