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Autoridades do Equador prenderam dois criminosos supostamente envolvidos na morte de cinco turistas durante o final de semana, na região sudoeste do país.
Segundo a polícia, seis adultos e cinco crianças, que estavam em um resort desde a quinta-feira passada, no balneário de Ayampe, foram sequestrados durante uma invasão a um hotel por cerca de vinte traficantes armados.
De acordo com o comandante local, Richard Vaca, as vítimas foram submetidas a interrogatórios antes de serem assassinadas a tiros e terem seus corpos abandonados em uma rodovia na região. A principal suspeita da polícia é de que elas foram confundidas com membros de uma quadrilha rival por narcotraficantes.
"Os turistas não tinham vínculos com organizações criminosas, mas os agressores aparentemente teriam confundido estes indivíduos com seus adversários (...) na disputa pelo microtráfico na região", disse Vaca. Durante as operações militares de captura dos envolvidos, foram apreendidos fuzis automáticos, pistolas, explosivos e munições.
Anos atrás considerado um dos países mais tranquilos da América do Sul, o Equador viu esse cenário mudar desde que o narcotráfico local cresceu ao se associar aos cartéis mexicanos e colombianos. A taxa de homicídio disparou, desde então.
Entre 2018 e 2023, o índice de violência no país passou de 6 para um recorde de 46 assassinatos por 100 mil habitantes.
Desde o início do ano, após uma espiral de violência ser desencadeada nos presídios, o país vive um estado de exceção para tentar retomar o controle das prisões e contornar a atual crise de segurança. Nos últimos três meses, as forças de segurança realizaram cerca de 165 mil operações, efetuaram mais de 12 mil detenções, mataram 15 terroristas e apreenderam cerca de 65 toneladas de drogas, segundo dados oficiais.