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Os protestos dos agricultores franceses contra as políticas agrícolas da União Europeia (UE) e do governo francês tiveram um novo episódio de tensão na tarde desta quarta-feira (31) quando 91 pessoas foram presas após invadirem um armazém de um supermercado local em Rungis, localizado no sul de Paris.
Segundo informações do jornal francês Le Monde, os detidos estão neste momento sob custódia das autoridades locais, que mais cedo já haviam libertado cerca de 15 pessoas que foram presas durante os protestos da manhã.
Os agricultores franceses, que há semanas bloqueiam estradas e rodovias em todo o país, reclamam da baixa remuneração de seus produtos, da “concorrência desleal” de países como a Ucrânia e do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, que eles consideram como "prejudicial" para o setor.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou na sexta-feira (26) algumas medidas de urgência para tentar diminuir os protestos como o cancelamento do aumento do imposto sobre o diesel agrícola, o aumento das indenizações para os criadores de gado afetados por doenças hemorrágicas e sanções pesadas contra três indústrias locais que não “respeitam as leis sobre os preços”.
No entanto, as medidas não foram suficientes para acalmar os agricultores enfurecidos, que ainda querem mais garantias e apoio do governo.
