Hackers ligados ao regime chinês conseguiram invadir as redes de provedores de internet dos Estados Unidos, como AT&T e Verizon, comprometendo sistemas usados para interceptação legal de dados em investigações criminais e de segurança nacional, As informações são do The Wall Street Journal.
A invasão, realizada por um grupo chamado Salt Typhoon, permitiu o acesso à infraestrutura usada para monitorar comunicações, representando um risco grave à segurança nacional, além de acessarem também outras partes do tráfego de internet. A gravidade desse ataque ainda está sendo investigada.
As empresas envolvidas na violação, como Verizon, AT&T e Lumen Technologies, optaram por não comentar o incidente. De acordo com o jornal norte-americano, embora as empresas tenham a obrigação de reportar ataques cibernéticos rapidamente, neste caso pode ter havido uma exceção por razões de segurança nacional.
Invasão de hackers da China é classificada como "historicamente significativa e preocupante"
Investigadores dos EUA e empresas de segurança privada continuam a avaliar a extensão do ataque e o impacto sobre os dados roubados. Há indícios de que além dos provedores americanos, um pequeno número de fornecedores fora dos EUA também tenha sido alvo, segundo reportagem do The Wall Street Journal. O governo americano considera essa invasão como historicamente significativa e preocupante devido à possível coleta de informações sensíveis.
Há anos, autoridades dos EUA vêm alertando sobre as operações de espionagem multifacetadas da China, que incluem não apenas ciberataques, mas também espionagem humana e investimentos em empresas estratégicas. Nos últimos tempos, a preocupação tem se voltado para tentativas chinesas de comprometer infraestruturas críticas, como redes de energia e instalações de água.
Governo da China nega envolvimento com grupo hacker
O grupo Salt Typhoon, ativo desde 2020, foca na espionagem e no roubo de dados, com a captura de tráfego de rede sendo uma de suas especialidades. Ele é ligado a ataques tanto na América do Norte quanto no Sudeste Asiático, sendo conhecido por diversos nomes entre empresas de segurança cibernética. Sua atuação é vista como parte de uma escalada chinesa no campo da guerra cibernética, de acordo com especialistas.
A Microsoft e outras empresas de segurança estão colaborando na investigação desse ataque, analisando quais informações podem ter sido acessadas. O governo da China nega envolvimento em tais invasões, reiterando sua oposição a ataques cibernéticos. Contudo, especialistas alertam que a gravidade desse ataque deve servir como um alerta para governos e empresas em todo o mundo.
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