Muzaffarad (AE/AP) As áreas do Paquistão devastadas pelo terremoto do início do mês vão enfrentar uma segunda catástrofe e uma nova onda de mortes se o mundo não se mobilizar para salvar os sobreviventes antes da chegada do inverno, informam responsáveis pelos trabalhos de resgate, acrescentando que as baixas temperaturas já fazem vítimas. O alerta surge no momento em que as Nações Unidas anunciam que a previsão de verba necessária para socorrer as vítimas do tremor de 8 de outubro quase dobrou. Acredita-se que o terremoto tenha matado cerca de 80 mil pessoas, a maioria nas montanhas do Himalaia, no norte do país.
"Uma enorme catástrofe se aproxima", disse Rashid Khalikov, coordenador de ajuda humanitária da ONU na cidade devastada de Muzaffarabad. "Está aí o perigo de que a perda de vidas seja muito alta se a ajuda não chegar a eles" antes do inverno.
Em Genebra, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, abriu uma conferência de países doadores afirmando que a tragédia paquistanesa "quase desafia nossa imaginação mais sombria".
"Reunimo-nos hoje para evitar uma segunda onda de choque de mortes e para evitar mais sofrimento", disse Annan, ao final de um minuto de silêncio pelas vítimas.
O chefe do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários disse que há milhões de vidas em risco. "Precisamos de mais recursos para salvar de 2 a 3 milhões de vidas, e precisamos de muito mais recursos nos próximos poucos dias", afirmou Jan Egeland. A ONU agora pede US$ 549,6 milhões para tratar da emergência paquistanesa, ante US$ 312 milhões do pedido inicial de verbas.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura