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Promotoria citou suspeita de seis crimes na campanha presidencial de Le Pen no ano retrasado; partido dela se disse surpreendido
Promotoria citou suspeita de seis crimes na campanha presidencial de Le Pen no ano retrasado; partido dela se disse surpreendido| Foto: EFE/Christophe Petit Tesson

O Ministério Público de Paris informou nesta terça-feira (9) que a campanha presidencial de 2022 de Marine Le Pen, do partido de direita nacionalista Reagrupamento Nacional (RN), está sendo investigada por suspeitas de financiamento ilegal.

Segundo a promotoria, a investigação apura indícios de seis possíveis crimes, entre eles, desvio de fundos por pessoas que exercem função pública, falsificação de documentos e aceitação por um candidato em campanha eleitoral de um empréstimo de uma entidade.

Outros possíveis crimes investigados são empréstimo de uma entidade a um candidato em campanha, fraude contra uma pessoa pública e utilização de documentos falsificados.

A investigação foi aberta no dia 2 de julho e está a cargo da brigada financeira da polícia, que atua sob a supervisão de um juiz relator. O Ministério Público tomou a decisão de abrir a investigação após avaliar um relatório que lhe foi transmitido pela Comissão Nacional de Contas de Campanha e Financiamentos Políticos (CNCCFP).

Na eleição presidencial de 2022, Le Pen concorreu pela terceira vez ao cargo e foi derrotada no segundo turno por Emmanuel Macron. Entretanto, sua performance na votação final foi bastante superior à de 2017, quando também havia chegado ao segundo turno: teve 41% dos votos, contra 34% cinco anos antes.

Um integrante do RN disse à agência Associated Press que o partido de Le Pen ficou surpreso com a notícia da investigação.

“Estou muito surpreso porque as nossas despesas de campanha foram aprovadas em dezembro de 2022 e quitadas em fevereiro de 2023”, afirmou.

“Não sabemos do que se trata. Soubemos que uma investigação foi aberta, como todo mundo, pela [emissora francesa] BFMTV esta manhã”, disse o correligionário de Le Pen. (Com Agência EFE)

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