A busca por um avião iemenita que caiu em águas profundas perto de Comores pode demorar mais que o imaginado, disse o embaixador francês no arquipélago do oceano Índico na segunda-feira (6).
Uma adolescente sobreviveu e outras 152 pessoas são dadas como mortas depois que um Airbus A310-300, da companhia aérea iemenita, caiu no mar na última terça-feira enquanto tentava aterrissar em meio ao mau tempo. As equipes de resgate cancelaram a procura por sobreviventes.
"A busca pode levar mais tempo do que estimamos inicialmente. Comores não tem mapas do fundo do mar", disse o embaixador Luc Hallade a jornalistas na capital Moroni.
Ele disse que a França estava enviando um barco para ajudar a determinar a profundidade de onde estariam os destroços e quais eram os equipamentos necessários para chegar à fuselagem - mas a embarcação não chegaria antes de uma semana.
As autoridades afirmam que a causa do acidente permanece desconhecida. Investigadores franceses disseram no domingo que detectaram um sinal das caixas-pretas, que devem conter informações para ajudar a esclarecer o que aconteceu.
Militares franceses e norte-americanos não conseguiram encontrar nenhum corpo, aumentando a especulação de que a maioria dos mortos permanece presa na fuselagem submersa do avião do vôo IY 626.
"A busca infrutífera por corpos...nos leva a assumir que os passageiros permaneceram presos dentro da aeronave", disse o chefe do Exército de Comores, coronel Ismael Moegni Daho.
"A busca por sobreviventes, conduzida por uma equipe norte-americana que fez mais de 20 vôos sobre a área, foi abandonada e a operação agora está centralizada na localização e resgate dos destroços e das caixas-pretas", disse ele.
A única sobrevivente do acidente, uma garota de 14 anos, ficou mais de 12 horas no mar agitado segurando-se em um destroço que estava flutuando. Ela fraturou a clavícula e teve cortes e queimaduras.