O chefe das investigações sobre a sangrenta retomada da escola de Beslan disse nesta quarta-feira que a polícia local ignorou instruções para reforçar a segurança ao redor das escolas, medidas essas que, se adotadas a tempo, poderiam ter evitado a tragédia. Alexander Torshin, que comanda a comissão parlamentar encarregada de investigar o episódio de setembro de 2004, disse que muitos "erros e falhas" haviam ocorrido.
Segundo Torshin, em agosto daquele ano o Ministério do Interior da Rússia havia dado ordens para que a força policial responsável por Beslan, na região da Ossétia do Norte, reforçasse a segurança ao redor das escolas no primeiro dia de aula daquele ano.
- Essas medidas poderiam ter impedido ou dificultado o ato terrorista. No entanto, elas não foram adotadas - afirmou Torshin, membro da Câmara alta do Parlamento russo.
Cerca de 330 pessoas - metade delas crianças - morreram depois de extremistas chechenos terem invadido o local e feito um grande número de reféns.
A maior parte das vítimas perdeu a vida em uma série de explosões e no tiroteio ocorrido ao fim do episódio. Mas não está claro quem foi o responsável pela carnificina.
Muitos sobreviventes culpam as autoridades locais por não terem impedido a invasão da escola e acusam-nas de terem provocado o banho de sangue.
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