Alguns dos destroços recuperados do local da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, no Leste da Ucrânia, podem ser fragmentos de um sistema de mísseis russos, disseram nesta terça-feira (11) especialistas holandeses que lideram a investigação internacional.
A equipe acredita ter achado partes originais de um míssil terra-ar do tipo BUK, que podem ajudar a desvendar os responsáveis pela tragédia que deixou 298 mortos.
“O Time de Investigação Conjunta (JIT) analisa diversas partes, possivelmente de um sistema de mísseis Buk”, informou o comunicado, ressaltando que ainda não se pode fazer conclusões sobre o acidente.
“Atualmente, não se pode concluir que existe uma relação causal entre as partes descobertas e a queda do voo MH17”.
Agora, os procuradores usar a ajuda de especialistas bélicos e forenses para examinar as origem os destroços, informaram os procuradores.
O avião da Malaysia Airlines sobrevoava o Leste da Ucrânia quando foi abatido em julho do ano passado na região de confrontos entre rebeldes pró-Rússia e forças governamentais. Todas as 298 pessoas a bordo morreram, em sua maioria cidadãos holandeses.
Especialistas e governos ocidentais acusam os separatistas de derrubarem o avião de passageiros com um míssil fornecido pela Rússia. Moscou, por sua vez, nega qualquer responsabilidade e defende que a aeronave foi atingida por um foguete ucraniano.
Há duas semanas, a Rússia vetou uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que criaria um tribunal para investigar criminalmente e julgar os responsáveis pela queda do voo.
Onze dos 15 membros do conselho votaram a favor do projeto, de autoria conjunta de Austrália, Bélgica, Malásia, Holanda e Ucrânia. Angola, China e Venezuela se abstiveram, enquanto Moscou exerceu o poder de veto, alegando que o rascunho da resolução é prematuro e inoportuno.