Policiais do comando antiterror da Indonésia fazem buscas no Hotel Ritz Carlton, um dos alvos dos terroristas: estrangeiros na mira dos homens-bomba| Foto: Romeo Gacad/AFP

Investigadores estão vasculhando neste sábado (18) dois luxuosos hotéis indonésios, alvos de ataques a bomba na sexta-feira (17), procurando pistas sobre as pessoas que estão por trás das explosões que abalaram quatro anos de estabilidade na nação com maior população muçulmana do mundo.

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Embora autoridades não tenham conseguido concluir quem são os responsáveis pelos ataques, as suspeitas apontam para o Jemaah Islamiah, grupo militante radical islâmico que realizou uma série de atentados com morte e que pareciam ter se encerrado em 2005.

"Tem a assinatura de nossos 'amigos'", afirmou um ex-policial regional e que agora atua em contra-terrorismo.

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Os militantes atacaram os hotéis JW Marriott e Ritz-Carlton, estabelecimentos de luxo, populares entre empresários e diplomatas e considerado um dos edifícios mais seguros da capital Jacarta.

A polícia disse neste sábado, em coletiva de imprensa, que nove pessoas morreram e 53 ficaram feridas no ataque, revisando um número prévio após investigadores terem encontrado dificuldade de identificar alguns corpos.

"Dos mortos, acreditamos que esses três que não identificamos incluem os homens-bomba", acrescentou.

Entre os mortos ou feridos estão cidadãos da Indonésia, Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul, Holanda, Itália, Grã-Bretanha, Canadá, Noruega, Japão e Índia.

As explosões são um importante revés para o presidente Susilo Bambang Yudhoyono, que foi reeleito neste mês com uma vitória esmagadora empurrada por um forte crescimento na maior economia do Sudeste Asiático.

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Após ser abalada por uma série de ataques contra ocidentais na primeira parte desta década, a Indonésia tem sido elogiada por eficientemente combater os grupos militantes --incluindo execuções, no ano passado, dos responsáveis pela morte de 202 pessoas em Bali, em 2002.

O clérigo radical Abu Bakar Bashir, que foi considerado um dos chefes do Jemaah Islamiah no passado, afirmou que as bombas eram um "alerta de Deus à Indonésia por não respeitar a lei de Deus".

"Aqueles que estavam envolvidos eram infiéis e apóstatas, que queriam impedir a jihad na Indonésia", acrescentou ele em uma mensagem de texto, por telefone, à Reuters.