A China avançou em seus planos de aquisição na América Latina e, em 2017, destinou volume recorde de recursos para comprar empresas e ações na região. No total, US$ 17,5 bilhões foram gastos pelos chineses no continente para aquisições. Pequim já representa um terço de todas as aquisições nas economias latino-americanas.
Os dados foram compilados pela Global Development Policy Center, entidade da Universidade de Boston (EUA). A análise aponta para participação cada vez maior da China na economia regional num momento em que o governo americano prolifera ameaças a parceiros.
A situação contrasta com o comportamento de Pequim. Em apenas três anos, o presidente chinês esteve na América Latina três vezes. Em dez anos, US$ 71 bilhões foram gastos pelos chineses para garantir aquisições de empresas no continente. De acordo com os autores do informe, “eletricidade se transformou num dos principais itens de compras de chineses nos últimos anos, superando a aquisições no setor de extração”.
Leia também: Reestatização à chinesa (artigo de José Baschiera Junior, publicado em 6 de setembro de 2017)
A maior dessas compras ocorreu no Brasil, quando a Grid Corp. adquiriu 95% da CPFL Energia SA, por US$ 12,2 bilhões. Outros US$ 2,3 bilhões foram gastos pela Power Investment Corp. para comprar a hidrelétrica de São Simão.
Entre 2016 e 2017, a região elevou suas exportações de US$ 84 bilhões para US$ 104 bilhões para a China. “Hoje, a China compra mais de um quarto de toda a exportação de produtos de extração da América Latina”, constata o estudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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