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Investimento dos EUA em bases na Colômbia não é apenas para ação interna, diz ministro

A instalação das bases americanas no território colombiano não é uma preocupação exclusiva da Venezuela, mas de todos os países vizinhos, inclusive do Brasil. A afirmação foi feita nesta quarta (18) pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, acrescentando que o orçamento destinado pelo governo dos Estados Unidos estruturação dessas bases mostra claramente que as ações não se limitam ao território colombiano.

Pinheiro Guimarães ressaltou que o governo brasileiro também está atento ao desenrolar das operações que serão desenvolvidas pelos soldados americanos e já apresentou suas preocupações aos Estados Unidos. [O Brasil] está atento para qualquer base estrangeira na América do Sul. Há sempre uma questão que preocupa. Ele acrescentou que o governo brasileiro já manifestou sua posição aos EUA, pedindo que as ações militares fiquem restritas ao combate ao narcotráfico na Colômbia.

O ministro considerou natural a iniciativa do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de pedir população, por meio do seu programa semanal de rádio e televisão, que se prepare para um eventual confronto com a Colômbia por causa da instalação das bases americanas. Perguntado por uma jornalista sobre essa declaração, Guimarães afirmou: Se a senhora teme que do lado da sua casa se instalem equipamentos sofisticados militares, a senhora se prepara não é?

As declarações do presidente venezuelano foram usadas como justificativa pelos opositores adesão do país ao Mercosul para não votar, na semana passada, o tratado já assinado pelo governo brasileiro. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou mais cedo que há um acordo entre os líderes para votar a matéria nesta semana. O ministro esteve hoje no Senado para, segundo ele, uma visita de cortesia a Sarney.

Defensor do ingresso da Venezuela no Mercosul, o ministro rebateu os argumentos de que o governo de Chávez não respeita os princípios da democracia, requisito básico para que qualquer país do continente faça parte do bloco. Basta ligar a TV na Venezuela para verem que a liberdade de opinião e de críticas é extraordinária, disse Samuel Pinheiro Guimarães.

Segundo ele, no país não há presos políticos nem jornalistas presos. Do ponto de vista econômico, o ministro ressaltou que o ingresso venezuelano só tem a somar ao Mercosul e, em especial, ao Brasil.

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