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Uma diretriz do Pentágono emitida nesta semana ordena que o Exército dos EUA se certifique, na próxima vez que for à guerra, de que está preparada para manter a estabilidade de um possível país ocupado, informou na edição desta quinta-feira o jornal "Washington Post".

A ordem representa uma ambiciosa tentativa de produzir uma fundamental e permanente ampliação do que as tropas dos EUA estão treinadas e equipadas para fazer. Acostumados a ter o foco, primeiramente, em operações de combate, as forças americanas, sob a nova diretriz, precisarão dar a mesma prioridade às operações pós-conflito - o que significa que elas devem estar preparadas em países estrangeiros a alcançar metas como o desenvolvimento de instituições políticas, o estabelecimento de um sistema judicial e o revigoramento de atividades econômicas.

"Operações de estabilidade são uma missão central do Exército dos EUA que o Departamento de Defesa deve estar preparado para conduzir e apoiar", determina a diretriz. "Elas devem ter prioridade comparável à das operações de combate e ser explicitamente dirigidas e integradas em todas as atividades do Pentágono", acrescentou o documento.

A política revisada surge em meio ao aumento das críticas de que o Pentágono negligenciou um plano adequado para o período após a invasão do Iraque, em março de 2003. Como resultado, as forças americanas no país árabe foram duramente exigidas a reforçar suas habilidades, seus equipamentos e sua presença para garantir a segurança e começar a reconstruir o Iraque, cenário de uma ferrenha insurgência e gigantescos desafios de reconstrução.

Para o Pentágono, a falta de um plano deixou as condições no Iraque piores do que se previa e fez com que as esperanças de entregar responsabilidades nas mãos dos EUA e de organizações civis estrangeiras aos iraquianos se revelassem otimistas demais.

Uma pesquisa publicada na quarta-feira pelo por CNN, "USA Today" e Instituto Gallup mostrou que a maior parte dos americanos não acredita que Bush tenha um plano para alcançar a vitória no Iraque. Entretanto, seis em cada dez pesquisados disseram que as tropas dos EUA não devem deixar o país árabe até que certos objetivos sejam alcançados.

Bush, cujo manejo do conflito no Iraque tem lhe custado pontos de popularidade, iniciou na quarta-feira um giro pelos EUA a fim de defender sua política em relação à nação árabe e apresentar um "plano para vitória".

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