O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, acusou o Ocidente nesta segunda-feira de fomentar tumultos na Síria e por todo o Oriente Médio árabe para garantir a posição de Israel, informou a televisão estatal.
O Irã esmagou as manifestações da oposição iraniana, mas elogiou os levantes populares na região, os quais chamou de "despertar islâmico" contra governantes despóticos.
Mas Ahmadinejad acusou seu arqui-inimigo, os Estados Unidos, e outras nações ocidentais de armar um complô, citando como exemplo a Síria, aliada do governo iraniano, que está sendo abalada por manifestações antigovernamentais.
"Eles querem salvar o regime sionista (Israel) através da interferência na região, com o objetivo de semear a discórdia entre as nações e governos da região", disse ele em uma coletiva de imprensa.
"A América e o regime sionista querem enfraquecer a resistência da Síria por meio da criação da discórdia entre o governo sírio e a nação Síria", afirmou Ahmadinejad.
A Síria mantém com o Irã uma aliança anti-Israel e apoia o grupo libanês xiita Hezbollah e o palestino Hamas, que combatem Israel. Nas últimas semanas a Síria vem sendo tomada por crescentes protestos políticos contra o governo, inspirados nos levantes que derrubaram os regimes na Tunísia e Egito.
'O governo da Síria e sua nação são nossos amigos', disse Ahmadinejad. "Nós achamos que eles vão resolver adequadamente seus problemas."
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião