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O governo do Irã acusou Israel nesta quarta-feira (21) pelos ataques da semana passada contra dois dos principais gasodutos que atravessam o país, em meio a fortes tensões no Oriente Médio devido à guerra na Faixa de Gaza.
“Esta conspiração é obra do regime sionista [em referência a Israel], mas não teve sucesso e apenas danificou algumas tubulações”, disse o ministro do Petróleo iraniano, Javad Owji, em declarações divulgadas pela agência de notícias Tasnim.
Owji afirmou que o objetivo do “inimigo” era prejudicar a distribuição de gás à população, plano que na sua opinião foi travado.
“Graças a Deus estávamos totalmente preparados e essa ação maligna não afetou as cidades”, acrescentou o ministro.
Owji já havia falado anteriormente em “sabotagem e terrorismo” ao comentar as explosões ocorridas no dia 14 de fevereiro em dois gasodutos no condado de Borujen (centro), na província de Chaharmahal e Bakhtiari, e em Khorrambid (sul), na província de Fars, mas sem acusar qualquer país.
Como resultado destes ataques, indústrias e empresas da província de Lorestan (oeste) ficaram fechadas durante várias horas, segundo informou na ocasião a agência de notícias estatal Irna.
As explosões nos dois gasodutos ocorreram em um momento de elevadas tensões no Oriente Médio devido à guerra em Gaza.
O Irã lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança composta por grupos terroristas como o Hezbollah, os rebeldes houthis, o Hamas e a Jihad Islâmica, milícias no Iraque e na Síria, entre outros grupos.
Essa aliança prega a destruição de Israel, país que o Irã acusou de realizar sabotagens e assassinatos no seu território.
Em dezembro do ano passado, o Irã acusou Estados Unidos e Israel de estarem por trás de um ataque cibernético que paralisou 60% dos postos de gasolina do país “para fazer sofrer o povo iraniano”.