O Irã acusou nesta terça-feira (19) Israel de estar por trás dos dois atentados suicidas ocorridos em Beirute, antes das Brigadas de Abdullah Azzam assumirem o ataque, que deixaram pelo menos 20 mortos e no qual um diplomata iraniano ficou gravemente ferido, segundo fontes oficiais.
"Sabemos que os sionistas e seus mercenários são os responsáveis pela explosão em Beirute", disse a porta-voz das Relações Exteriores, Marzie Afjam, em comunicado divulgado pela agência local iraniano "Fars".
Marzie condenou "energicamente" o que qualificou de "atentado desumano".
A porta-voz indicou que o adido cultural da Embaixada, Ebrahim Ansari, ficou gravemente ferido e se encontra hospitalizado, embora negou que tenha falecido, como foi informado em um primeiro momento, segundo a agência de notícias oficial iraniano "Irna".
Marzie assegurou que o Irã seguirá de perto as investigações sobre o fato "levando em conta que ocorreu perto da Embaixada", situada no bairro de maioria xiita de Al Yinah, no sul de Beirute.
Uma das explosões aconteceu cerca de dez metros da porta da legação iraniana, cujo edifício ficou danificado, enquanto a outra ocorreu perto da residência do embaixador, Ghazanfar Rokn Abadi.
Marzie lamentou a morte no ataque das vítimas tanto libanesas como estrangeiras.
Pelo menos 20 pessoas morreram e perto de 100 ficaram feridas nas duas explosões, segundo fontes oficiais libanesas.
Os guardas da sede diplomática trataram de impedir que os suicidas, que conduziam um veículo e um moto, irrompessem no complexo da embaixada, informou a agência oficial libanesa ANN.
Um deputado do grupo xiita Hezbollah (aliado do regime iraniano e que tem uma de suas sedes neste bairro), Ali al Omar, disse à imprensa no local do atentado que é obra dos grupos "takfiríes" (extremistas sunitas).
As imagens divulgadas pela rede libanesa Al Mayadin, financiada pelo Irã e com escritório nesse bairro, mostraram civis em chamas e seus próprios vizinho tentando apagar o fogo.
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