Donald Trump e Kamala Harris durante o debate realizado pela ABC News na Filadélfia| Foto: EFE/EPA/DEMETRIUS FREEMAN/POOL
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O Irã acusou Israel de tentar expandir a guerra por toda a região do Oriente Médio com o principal objetivo de “manipular malignamente” as próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 5 de novembro.

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“A pressa do regime de ocupação (Israel) para arrastar toda a região para uma guerra cada vez mais extensa tem como objetivo principal manipular malignamente as próximas eleições americanas”, alegou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghaei, em sua conta na rede social X na noite desta terça-feira (8).

Baghaei também criticou as acusações feitas contra seu país pelas agências de segurança americanas de que Teerã procura interferir nas eleições, classificando-as como "falsas". “Que manipulação absurda dos fatos”, afirmou o diplomata iraniano.

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No início de setembro, o escritório da Diretoria de Inteligência Nacional dos EUA (ODNI, na sigla em inglês) denunciou que Irã, China e Rússia estão tentando influenciar as eleições presidenciais americanas com uma série de campanhas de descrédito e desinformação para prejudicar a imagem do país e de seus candidatos, o ex-presidente republicano Donald Trump e a atual vice-presidente, Kamala Harris.

Teerã negou qualquer tentativa de intervenção nas eleições dos EUA.

Irã, que lidera a aliança informal anti-Israel, composta pelo Hamas, o Hezbollah do Líbano, os houthis do Iêmen e as milícias iraquianas, lançou um ataque com 180 mísseis contra o território israelense na semana passada.

A ofensiva iraniana foi uma resposta pela morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general da Guarda Revolucionária em Beirute, e do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, em Teerã.

Israel garantiu que responderá, ao que várias autoridades políticas e militares iranianas afirmaram, por sua vez, em numerosas ocasiões que responderão com mais força.

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Ministro da Defesa de Israel cancela viagem aos EUA para discutir "resposta" ao Irã 

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, cancelou a visita que faria nesta quarta-feira (9) aos EUA, segundo informações do Pentágono, que não comentou os rumores de um suposto veto do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à viagem.

A porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh, disse em entrevista coletiva que a visita foi adiada, mas ainda não foi remarcada.

Gallant, de acordo com o jornal Jerusalem Post, viajaria a Washington na noite de terça-feira para uma reunião com o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, no dia seguinte.

Singh enfatizou que o relacionamento entre Gallant e Austin é "bom", além de destacar que eles se falaram “cerca de 80 vezes” e que o secretário de Defesa americano está “ansioso” para encontrar o ministro israelense em breve.

Ao jornal Times of Israel, autoridades familiarizadas com o assunto disseram que o presidente dos EUA, Joe Biden, deve realizar uma ligação telefônica com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda nesta quarta-feira para discutir os planos de Tel Aviv de retaliar o Irã pelo ataque com mísseis balísticos de 1º de outubro.

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Biden e Netanyahu não se falam desde 21 de agosto e a comunicação entre as autoridades se tornou cada vez mais tensa após as tentativas fracassadas dos EUA de intermediar um acordo entre Israel e Hamas para negociar um cessar-fogo e libertar reféns que permanecem em Gaza após um ano de guerra.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]