O governo iraniano admitiu um mal-entendido, mas sem fraude, das fotos do macaco enviado ao espaço. A façanha do Irã de colocar em órbita uma cápsula com um macaco e afirmar que o animal tinha sido recuperado vivo foi amplamente questionada pela imprensa internacional, já que as imagens divulgadas pela mídia iraniana oferecem notáveis diferenças entre o macaco que decolou e o que supostamente voltou para a terra.
"Algumas das fotos divulgadas por uma das agências não eram ligadas ao lançamento, mas fotos de arquivo de macacos preparados para o experimento", explicou Mohammad Ebrahimi, da agência espacial iraniana.
O primeiro levantar as suspeitas de fraude foi o tabloide britânico "Sun". A publicação chamou a atenção para a foto do envio, na qual um homem aparece segurando um macaco com pelos claros e uma mancha acima do olho direito, antes de ser enviado ao espaço. Na fotografia do retorno, porém, o animal ressurge com pelos mais escuros - e sem a tal mancha. Entre as diversas especulações, diz-se que o primata não sobreviveu.O pequeno macaco cinza foi mostrado amarrado a um assento acolchoado e levado até o foguete Kavoshgar, apelidado de "Pishgam" (Pioneiro), que segundo a mídia estatal alcançou uma altura de mais de 120 quilômetros. As autoridades espaciais do Irã afirmam que o país prepara agora o lançamento de um outro foguete, que irá transportar um animal ainda maior com o objetivo de alcançar níveis mais seguros para enviar um homem ao espaço.