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Declaração

Irã afirma que produziu combustível nuclear para futuro reator

As autoridades iranianas afirmaram neste sábado (24) que fabricaram combustível nuclear para o futuro reator de 40 megawatts de Arak, segundo a agência de notícias local Isna, que citou Gholamreza Aghazadeh, diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA). No mesmo dia, o comandante da Força Naval iraniana, Habib Sayari, afirmou que um novo submarino entrará em operação nesta quarta-feira, assim como uma nova fragata.

Sayari também declarou à imprensa que o país não tem planos de fechar o Estreito de Ormuz, que fica no sul do Golfo Pérsico e é estratégico para a navegação nesta via marítima, de onde sai boa parte das exportações de petróleo do mundo.

"O fechamento do Estreito de Ormuz não está em nossa agenda", disse Sayari, que ressaltou que as forças armadas iranianas vigiam qualquer movimentação na zona do mar de Omã e do Golfo Pérsico, para "entrar em ação em caso de necessidade".

"As ameaças que estamos ouvimos fazem parte da guerra psicológica (...); de qualquer forma, o inimigo deve saber que estamos vigiando seus movimentos e que se tentar tornar suas ameaças realidade, responderemos de forma firme", destacou ele.

O comandante afirmou que o Irã não ameaça qualquer Estado da região, mas "tem capacidade de proteger a segurança de toda a zona".

Reator nuclear

O fim das obras do reator de Arak, na cidade de Isfahan, está previsto para 2009, quando este dispositivo substituirá o entregue pelos Estados Unidos a Teerã antes da revolução islâmica de 1979.

Gholamreza Aghazadeh não quis se pronunciar sobre um possível aumento do número de centrífugas que produzem o urânio enriquecido.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Irã possui 3.000 centrífugas na usina de Natanz, centro do país, que ao lado de Arak, são os dois centros mais polêmicos de seu programa nuclear.

Teerã garante que o enriquecimento de urânio tem um objetivo puramente pacífico: a produção de energia nuclear para responder às necessidades energéticas da população.

Para Washington e outros países ocidentais, o programa nuclear iraniano tem fins militares e o país estaria tentando fabricar armamento atômico.

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