O Irã afirmou nesta terça-feira (8) que o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que revela informações "críveis" sobre a tentativa de Teerã de obter armas nucleares "não tem fundamentos".
Estas informações, contidas no anexo do relatório da AIEA, "não têm nada de novo", disse Alí Asgar Soltanie, enviado iraniano à agência de energia atômica.
"Voltamos às velhas alegações, as quais o Irã já provou que não têm fundamentos em uma resposta precisa de 117 páginas" enviada há quatro anos à AIEA.
"O Irã já provou que as alegações dos Estados Unidos não têm fundamento e que nos últimos oito anos não emergiu qualquer prova do uso militar de material nuclear".
A agência oficial de imprensa do Irã já havia reagido ao relatório afirmando que "nenhuma das alegações é nova".
Mesmo antes da divulgação do relatório, o chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, havia negado todas as acusações, afirmando que os ocidentais continuam sem "nenhuma prova séria".
"O Ocidente e os Estados Unidos exercem uma pressão sobre o Irã sem argumentos sérios nem provas", disse Salehi. "Sempre repetimos que não queremos fabricar armas nucleares. Nossa posição sempre foi de utilizar o programa nuclear para fins pacíficos".
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, recordou que "os Estados Unidos possuem 5.000 bombas atômicas e nos acusam imprudentemente de fabricar armas nucleares".
A AIEA revelou hoje que há indício claro de que o Irã pode estar desenvolvendo armas nucleares, afirmando que tem "sérias preocupações a respeito das dimensões militares do programa nuclear iraniano".
Citando informações "confiáveis" de inteligência estrangeira e investigações próprias, a entidade indicou que o Irã "praticou atividades relevantes para o desenvolvimento de um dispositivo nuclear explosivo".
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