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Oriente Médio

Irã ameaça atacar alvos americanos se EUA romperem bloqueio

O Irã acusou a União Europeia nesta segunda-feira (23) de travar uma "guerra psicológica" depois que a União Europeia proibiu as importações do petróleo iraniano, juntando-se aos Estados Unidos nas novas sanções que tentam evitar que Teerã obtenha armas nucleares. A República Islâmica, que nega que esteja tentando fabricar uma bomba atômica, menosprezou os esforços de estrangular suas exportações de petróleo, já que a Ásia faz fila para comprar o que a Europa despreza. Alguns iranianos também renovaram as ameaças de impedir que o petróleo árabe deixe o Golfo e advertiram que podem atacar alvos norte-americanos no mundo se Washington usar força para romper qualquer bloqueio iraniano de uma rota de navegação estrategicamente vital. No entanto, em três décadas de confronto entre Teerã e o Ocidente, a retórica belicosa e o arsenal duvidoso de sanções tornaram-se tão familiares que o preço do petróleo bruto Brent, de referência, subiu menos de 0,5%, e parte disso devia-se a fatores de câmbio não relacionados. "Se houver qualquer interrupção em relação à venda do petróleo iraniano, o Estreito de Ormuz será fechado definitivamente", disse à agência de notícias Fars Mohammad Kossari, vice-chefe do comitê de segurança nacional e de assuntos estrangeiros do Parlamento, um dia depois de navios de guerra norte-americano, francês e britânico terem navegado de volta para o Golfo.

"Se a América buscar aventuras depois do fechamento do Estreito de Ormuz, o Irã tornará o mundo inseguro para os americanos no menor tempo possível", acrescentou Kossari, referindo-se a uma promessa anterior dos EUA de usar sua frota para manter a passagem aberta. Os Estados Unidos, que impuseram suas próprias sanções contra o banco central e o comércio de petróleo do Irã em 31 de dezembro, elogiaram a medida da UE, assim como Israel. O país advertiu que poderia atacar o Irã se as sanções não desviarem Teerã de uma rota que alguns analistas argumentam que pode dar ao Irã uma bomba nuclear já no próximo ano. A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse em um comunicado junto a Timothy Geithner, secretário do Tesouro: "essa pressão nova e combinada vai acentuar a escolha para os líderes do Irã e aumentar o custo deles de desafiar as obrigações internacionais básicas".

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