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O Irã afirmou neste sábado ter o direito de responder a Israel “no momento e local apropriados” pela morte de cinco membros da poderosa Guarda Revolucionária em um ataque na Síria. A declaração ocorre em um momento de tensão máxima no Oriente Médio.
“A República Islâmica do Irã tem o direito de responder ao terrorismo organizado do falso regime sionista (Israel) no momento e local apropriados”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, em um comunicado publicado na rede social X.
O diplomata garantiu que a morte dos soldados “não será em vão” e pediu às organizações internacionais e a outros países que condenem “a ação criminosa” de Israel.
Kanani destacou que o “assassinato” de membros da Guarda Revolucionária por Tel Aviv “mostra claramente a ligação entre o “regime terrorista (Israel) e o Estado Islâmico na região”.
A agência de notícias oficial síria “Sana” relatou neste sábado um ataque do “inimigo israelense” a um edifício residencial no bairro de Mezzeh, em Damasco, como resultado de uma agressão israelense.
Em seguida, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos assegurou que o suposto míssil israelense dirigido a um edifício de quatro andares, que acabou completamente destruído, provocou a morte de 10 pessoas — entre eles, “cinco iranianos, que são três comandantes da Guarda Revolucionária iraniana, e outros dois não identificados".
Por sua vez, a Guarda Revolucionária iraniana confirmou que quatro dos seus membros morreram no ataque, pelo qual responsabilizou Israel.
Mais tarde, a imprensa iraniana, como a “PressTV”, aumentou para cinco o número de iranianos mortos no ataque.
As mortes dos militares iranianos ocorrem depois de, na manhã de terça-feira, o Irã ter bombardeado supostos alvos israelenses em solo iraquiano, onde quatro pessoas morreram, embora o Iraque tenha negado que se tratassem de instalações do Estado israelense.
O Irã justificou esse ataque pela morte, em dezembro, de três membros da Guarda Revolucionária na Síria, incluindo um general.
Teerã é um aliado fundamental de Damasco na guerra na Síria, para onde enviou soldados e conselheiros militares, além de ter fornecido apoio econômico e político ao governo sírio.
O Oriente Médio vive uma situação de tensão máxima devido à guerra na Faixa de Gaza e em meio aos repetidos ataques das milícias pró-Irã do Iraque contra as posições dos Estados Unidos nesse país e na Síria, além das ações dos rebeldes houthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho.