O presidente iraniano confirmou nesta terça-feira que seu governo vai iniciar o enriquecimento de urânio e pôr fim às inspeções surpresas da ONU em suas instalações nucleares, se seu caso for levado ao Conselho de Segurança da organização.
Os parlamentares do país aprovaram com maioria esmagadora no domingo a transformação em lei das retaliações, numa tentativa de dar à república islâmica alguma influência antes da reunião do conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nesta quinta-feira.
"Seguimos o parlamento e vamos definitivamente implementar suas leis", disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad à televisão estatal.
O Irã pode ser levado ao Conselho de Segurança para possíveis sanções após não conseguir convencer o mundo de que seus cientistas estão trabalhando em estações energéticas e não em armas.
No entanto, diplomatas da União Européia (UE) disseram que não irão pressionar para que o Irã seja levado ao Conselho de Segurança na reunião desta semana da AIEA.
Eles querem mais tempo para a elaboração de uma proposta para que o Irã conduza seus trabalhos atômicos mais sensíveis, particularmente o enriquecimento de urânio, na Rússia.
Autoridades iranianas têm insistido que o Irã tem o direito de deter o ciclo completo do combustível e deve ter permissão para enriquecer o urânio.
Ahmadinejad disse que o Irã deve lutar pelos seus direitos, mas não fez nenhuma menção específica ao plano envolvendo a Rússia.
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