O governo do Irã afirmou nesta quinta-feira que suspendeu a liberação da militar britânica Faye Turney, capturada na semana passada juntamente com outros 14 marinheiros. A decisão foi tomada após a Grã-Bretanha anunciar que levará o caso ao Conselho de Segurança da ONU. Inicialmente, Teerã havia prometido liberar Turney até esta quinta-feira.
Na quarta-feira, o governo de Londres disse esperar que os países do mais importante fórum das Nações Unidas aprovem uma declaração de repúdio à detenção.
A Grã-Bretanha não está buscando uma confrontação com o Irã por causa da captura na semana passada de 15 militares britânicos, disse o porta-voz do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, nesta quinta-feira.
- Nós queremos isto resolvido. Nós não queremos uma confrontação por causa disso. Nós queremos que isto se resolva o mais rapidamente possível - disse ele.
Para o governo britânico, os marinheiros foram capturados em águas iraquianas, durante uma patrulha regular. O Irã insiste que os militares estavam em suas águas e exige o reconhecimento deste fato pelo governo britânico para dar continuidade às negociações visando à libertação dos militares.
Aparentando estar bem de saúde, os militares detidos aparecem comendo em pratos de plásticos e sendo escoltados para terra firme em um bote de borracha com uma bandeira do Irã. A única mulher do grupo, Faye Turney, aparece em uma terceira cena, dizendo que os militares estariam no lado iraniano da foz dos rios Tigre e Eufrates, região conhecida como Shatt al-Arab. O governo britânico disse temer que eles tenham sido coagidos a dar declarações de que foram presos em águas iranianas.
"Obviamente, invadimos as águas deles", disse Turney, de froma calma e usando um véu islâmico. "Eles foram muito amigáveis e muito hospitaleiros", acrescentou.
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