Em um passo desafiador e que pode complicar ainda mais as negociações sobre seu programa nuclear, o governo do Irã informou à agência nuclear da ONU nesta quinta-feira (31) que pretende usar centrífugas mais modernas para enriquecimento de urânio em usina em Natanz. Com isso, o país terá capacidade para refinar o material de forma mais rápida, elevando preocupações de Israel e aliados sobre o desenvolvimento de armas atômicas.

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Não está claro o número de centrífugas que o Irã pretende instalar em Natanz, que foi construída para abrigas dezenas dessas máquinas. Segundo o governo da República Islâmica, o urânio enriquecido serviria para abastecer usinas de energia, mas, segundo analistas, também pode fornecer material para bombas.

O anúncio do Irã coincide com o aumento das disputas com seis potências mundiais sobre quando e onde será a reunião para a retomada das negociações sobre seu programa nuclear. Estados Unidos, França. Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China querem que o governo de Teerã freie seu programa de enriquecimento nuclear, visando a somente aplicações civis.

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Os Estados Unidos e aliados aumentaram bruscamente a pressão de sanções sob o Irã no ano passado, principalmente em relação ao setor de petróleo. As ações estão cada vez mais prejudicando a economia do país, mas a liderança clerical da República Islâmica não demonstra estar abalada por tais motivos.

Israel, o único Estado do Oriente Médio com armas nucleares, já deixou claro que poderia realizar uma ação militar contra o Irã se as sanções e diplomacia falharem para resolver o impasse nuclear.