O Irã anunciou ter realizado ontem "com sucesso" novo teste com um míssil capaz de atingir Israel, o sudeste europeu e bases militares americanas no Oriente Médio. O Sajjil-2 lançado é uma versão avançada de artefatos disparados em testes de maio e setembro deste ano.
A nova demonstração de força iraniana foi duramente criticada pelas potências ocidentais envolvidas nas negociações nucleares com Teerã, justamente quando as conversas multilaterais se encontram no pior momento desde a última tentativa de acordo, em outubro quando foi colocada na mesa a proposta atualmente emperrada.
O disparo do míssil com alcance de 2.000 km foi transmitido pela tevê oficial e seguido de declarações do ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, exaltando a capacidade de "detenção de possíveis ataques estrangeiros.
Segundo Vahidi, a nova versão do Sajjil-2, que usa combustível sólido operacionalmente vantajoso em relação ao líquido, segundo especialistas , pode ser disparada com mais agilidade, viaja a uma velocidade maior e tem mais precisão.
"Dada a sua velocidade, é impossível destruí-lo com sistemas antimísseis devido à sua capacidade de driblá-los.
Para os EUA, o disparo contradiz a suposta pretensão pacífica do Irã, embora não mostre nenhuma capacidade "particularmente diferente das verificadas nos testes precedentes. A Casa Branca alertou, porém, que o tempo está se esgotando para o Irã evitar sanções.
O premiê britânico, Gordon Brown, disse que "o tema é de grande preocupação para a comunidade internacional e justifica esforços pelas sanções.
As negociações promovidas pelo P5+1 que, além de EUA e Reino Unido, têm França, China, Rússia e Alemanha estão atualmente emperradas pela resistência do Irã em aceitar o envio de urânio pouco enriquecido ao exterior, para maior processamento, nos termos definidos no acordo de outubro.
As potências ocidentais suspeitam que Teerã vise à produção da bomba com o seu programa nuclear. O Irã nega, alegando almejar só a produção de energia o que pode fazer pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; assista ao Entrelinhas
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião