O Irã teve uma "dramática escalada" na repressão contra dissidentes com a aproximação das eleições parlamentares desta semana, prendendo advogados, estudantes e jornalistas e mirando os meios de comunicação eletrônicos, afirmou o grupo de Direitos Humanos, Anistia Internacional, na terça-feira.

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"Nos dias de hoje, no Irã, você se coloca em risco caso faça qualquer coisa que está fora dos cada vez mais restritos limites que as autoridades acreditam ser socialmente e politicamente aceitáveis", afirmou a especialista em Oriente Médio da Anistia Internacional, Ann Harrison.

A eleição de sexta-feira será a primeira votação nacional desde a contestada reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 2009, que deu início a oito meses de agitação popular e uma massacrante resposta do Estado.

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As prisões visam uma série de grupos, incluindo advogados, estudantes, jornalistas, ativistas políticos e seus parentes, minorias étnicas e religiosas, cineastas e pessoas com conexões internacionais, afirmou a Anistia.

O grupo de Direitos Humanos disse que a repressão "expunha o vazio das afirmações do Irã em apoio aos protestos no Oriente Médio e Norte da África".

A repressão visa a mídia eletrônica, vista por autoridades do Irã como uma das principais ameaças, disse a Anistia.

Milhões de iranianos têm experimentado interrupções em suas caixas de email e acesso à Internet com a aproximação das eleições, incluindo problemas em sites acessados por meio de softwares redes privadas que muitos iranianos usam para driblar os filtros do governo.

A organização clamou para outros países não permitirem que as tensões com o programa nuclear iraniano distraiam-nos de pressionar o país a cumprir suas obrigações com os Direitos Humanos.

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