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Em Teerã, trabalhador limpa um ônibus para evitar propagação do coronavírus| Foto: ATTA KENARE/AFP

Um porta-voz do parlamento iraniano anunciou na quarta-feira (26) que qualquer pessoa que esteja "espalhando boatos" sobre o surto de coronavírus será condenada de um a três anos de prisão e açoitamento, informou a agência de notícias estatal iraniana IRNA.

"A divulgação de notícias falsas sobre o surto de coronavírus vai fazer as pessoas entrarem em pânico. Também vai pavimentar o caminho para o fechamento do país", disse Hassan Norouzi, porta-voz do comitê jurídico e judicial do parlamento, segundo o Tehran Times.

Norouzi disse que a sentença de prisão e flagelação são baseadas no "código penal islâmico" e 24 pessoas já foram presas por suspeita de "espalhar boatos" sobre a doença.

O Irã registrou 145 casos de infecções por coronavírus em todo o país, sendo o epicentro a cidade de Qom, um destino para os peregrinos religiosos muçulmanos xiitas. Vinte e seis iranianos morreram da doença até agora e o país tem o maior número de casos no Oriente Médio. As autoridades recomendam que os cidadãos não visitem Qom, mas o presidente iraniano Hassan Rouhani anunciou na quarta-feira que o governo não planeja colocar cidades inteiras em quarentena, apenas indivíduos infectados.

"O coronavírus não deve ser transformado em arma para nossos inimigos interromperem o trabalho e a produção em nosso país", disse Rouhani.

Na terça-feira, o vice-ministro da Saúde do Irã, Iraj Harirchi, anunciou que havia contraído coronavírus. Em um vídeo gravado em sua casa, Harirchi tentou tranquilizar os espectadores, dizendo: "Certamente derrotarei o coronavírus".

Um dia antes, Harirchi havia aparecido na televisão estatal para anunciar que o surto do país estava sob controle, visivelmente suando e limpando o rosto com um lenço.

©2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.

Conteúdo editado por:Isabella Mayer de Moura
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