O chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, deu nesta segunda-feira o primeiro sinal de que Teerã pode aceitar o acordo proposto na última quarta-feira pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, segundo o qual o Irã enviaria seu urânio para ser enriquecido na Rússia.
A estratégia - proposta pelos governos dos Estados Unidos, da França e da Rússia depois de três dias de negociações com a representação iraniana - tenta evitar que o regime dos aiatolás enriqueça seu próprio urânio numa porcentagem que permitiria a construção de uma bomba nuclear.
Ao passar pela Rússia, o urânio iraniano seria enriquecido em um grau suficiente apenas para uso em fins medicinais antes de ser enviado de volta ao Irã.
"Para obter esse combustível, poderíamos gastar dinheiro como fizemos no passado (importando) ou podemos enviar ao exterior nosso urânio para mais processamento", afirmou.
O chanceler disse ainda que a decisão final do país será anunciada "em poucos dias" e, mesmo enviando material radioativo para a Rússia, o país não abrirá mão de enriquecer seu próprio urânio.
Teerã mantém a comunidade internacional em suspense sobre sua resposta final para a proposta de acordo de Viena. O prazo inicial venceu na sexta-feira, quando representantes do presidente Mahmoud Ahmadinejad disseram que seu governo precisaria de ainda mais tempo para tomar uma decisão.
Os Estados Unidos calculam que o regime iraniano poderia desenvolver a capacidade de produzir uma arma nuclear dentro de até cinco anos.
O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas.
Os Estados Unidos e alguns de seus aliados suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico. O Irã sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual é signatário. As informações são da Associated Press.
26/10/2009 18:55 - NI/ /IRÃ/NUCLEAR/CONSOLIDA
Irã cogita enviar "parte" de seu urânio ao exterior
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Teerã, 26 (AE) - O chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, deu nesta segunda-feira o primeiro sinal de que Teerã pode aceitar o acordo proposto na última quarta-feira pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, segundo o qual o Irã enviaria seu urânio para ser enriquecido na Rússia.
A estratégia - proposta pelos governos dos Estados Unidos, da França e da Rússia depois de três dias de negociações com a representação iraniana - tenta evitar que o regime dos aiatolás enriqueça seu próprio urânio numa porcentagem que permitiria a construção de uma bomba nuclear.
Ao passar pela Rússia, o urânio iraniano seria enriquecido em um grau suficiente apenas para uso em fins medicinais antes de ser enviado de volta ao Irã.
"Para obter esse combustível, poderíamos gastar dinheiro como fizemos no passado (importando) ou podemos enviar ao exterior nosso urânio para mais processamento", afirmou.
O chanceler disse ainda que a decisão final do país será anunciada "em poucos dias" e, mesmo enviando material radioativo para a Rússia, o país não abrirá mão de enriquecer seu próprio urânio.
Teerã mantém a comunidade internacional em suspense sobre sua resposta final para a proposta de acordo de Viena. O prazo inicial venceu na sexta-feira, quando representantes do presidente Mahmoud Ahmadinejad disseram que seu governo precisaria de ainda mais tempo para tomar uma decisão.
Os Estados Unidos calculam que o regime iraniano poderia desenvolver a capacidade de produzir uma arma nuclear dentro de até cinco anos.
O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas.
Os Estados Unidos e alguns de seus aliados suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico. O Irã sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual é signatário. As informações são da Associated Press.
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