O Irã condenou nesta terça-feira (21) a queima de exemplares do Corão, o livro sagrados dos muçulmanos, por parte de soldados americanos na base de Bagram, nas proximidades de Cabul, e reivindicou a saída das tropas estrangeiras do Afeganistão.

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O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que "a profanação das crenças dos muçulmanos aconteceu pelo mal entendimento dos ocupantes estrangeiros do Afeganistão da cultura religiosa islâmica".

"A imediata retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão é a única alternativa para que a paz e a estabilidade retornem a este país", acrescentou Mehmanparast, que acusou as tropas da Otan de violar os direitos do povo afegão.

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Soldados americanos destacados na base de Bagram, a principal dos Estados Unidos no Afeganistão, queimaram na segunda-feira vários exemplares do Corão, o que ocasionou nesta terça-feira (21) numerosos protestos nesse país.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, pediu desculpas ao povo afegão pela queima dos exemplares do Corão por parte de seus soldados. Em declaração escrita, Panetta ressaltou que estas ações não representam as opiniões dos militares dos EUA.

"Honramos e respeitamos as práticas religiosas do povo afegão, sem exceção", declarou Panetta, acrescentando que o general de Infantaria da Marinha dos EUA John Allen, chefe da missão da Otan no Afeganistão (Isaf), lhe notificou o "profundamente infeliz incidente".

O general Allen pediu desculpas tanto às autoridades como ao povo afegão nesta manhã e ordenou uma investigação, depois que um grupo de empregados afegãos da base militar denunciou que viu como militares americanos queimavam na noite de ontem o Corão.

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